Morte materna de negras é mais que o dobro que de brancas no Brasil – @agenciabrasil
A mortalidade materna entre mulheres negras é mais que o dobro em comparação a de mulheres brancas. Em 2022 foram 100 mortes de mães pretas para cada 100 mil nascidos vivos, contra 46 de mães brancas.
Os dados são da Pesquisa Nascer no Brasil II: Inquérito Nacional sobre Aborto, Parto e Nascimento, feita pelo Ministério da Saúde em parceria com a Fiocruz.
De acordo com o estudo, a diferença de mortalidade materna entre negras e brancas é uma realidade constante no país. O indicador apura mortes registradas em até 42 dias após o fim da gestação, provocadas por causas ligadas à gestação, ao parto e ao puerpério.
Durante a pandemia, em 2020 e 2021, as proporções aumentaram: 322 mulheres negras morreram, enquanto as brancas foram 186 no período.
O estudo aponta uma série de causas para a mortalidade materna maior entre a população feminina negra. Entre elas, pré-natal tardio, gestação precoce, local de internação e peregrinação para conseguir fazer o parto.
Em 2016, as mortes maternas de negras somavam 119 por 100 mil nascidos vivos, enquanto as de mulheres brancas eram 53.
O Ministério da Saúde informou que várias medidas estão sendo adotadas para reverter esse quadro. Uma delas é a construção de 30 maternidades e 30 centros de parto normal, previstos no Novo PAC, programa de investimento do governo federal.
Também serão contratados 30 mil profissionais pelo programa Mais Médicos, até o fim deste ano.
O Brasil assumiu compromisso das Nações Unidas de reduzir a razão para 30 mortes maternas a cada 100 mil nascidos vivos até 2030.
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