Estudo mostra que é possível recuperar 500 mil hectares de Caatinga – @agenciabrasil
Uma área equivalente a três cidades de São Paulo pode ter a vegetação nativa de caatinga recuperada do desmatamento e da desertificação. A informação está em um levantamento divulgado nesta semana pela fundação holandesa IDH e pelo instituto de pesquisa WRI Brasil, ambos ligados a iniciativas sustentáveis. Segundo o estudo, as áreas ficam no Cariri Ocidental, na Paraíba; no Sertão do Pajeú, em Pernambuco; e no Sertão do Apodi, no Rio Grande do Norte.
A pesquisa destaca que a vegetação nativa, se restaurada nesses 500 mil hectares, pode oferecer renda e empregos sustentáveis para as populações locais. Isso, além de trazer regulação hídrica, estabilização do solo e controle da erosão. Como explica, a coordenadora de Projetos e Pesquisa do WRI Brasil, Luciana Alves:
“na Caatinga, investimentos direcionados à restauração produtiva e também à restauração ecológica, é uma oportunidade de estabelecer processos para a conservação e para a restauração, mas que também trarão resultados sociais, resultados econômicos e de manutenção das pessoas que já vivem nesse território, além de proporcionar benefícios ecológicos que são fundamentais para os processos de adaptação e mitigação das mudanças climáticas”.
O levantamento aponta também as melhores formas para recuperar essas áreas. Entre elas, produção de mel, plantio da palma forrageira – para alimentação de gado -, culturas de frutas, criação de cabras e bodes, tudo no Sistema Agroflorestal. Essa prática agrícola combina árvores e arbustos com cultivos agrícolas e criação de animais em uma mesma área.
Segundo o Relatório Anual do Desmatamento da Mapbiomas, nos últimos anos o desmatamento da Caatinga avançou. Em 2023, por exemplo, foram desmatados 201.687 hectares de Caatinga; um aumento de 43,3% em relação a 2022.
Em junho deste ano, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima selecionou 12 projetos prioritários para a criação de unidades de conservação federais da caatinga. Essas unidades devem ser implantadas até 2026 e vão aumentar em mais de um milhão de hectares as áreas protegidas.
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