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Uruguai e Chile condenam confirmação da vitória de Maduro – @gazetadopovo



Os governos do Uruguai e do Chile criticaram nesta quinta-feira (22) uma decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela que confirmou a “vitória” do ditador Nicolás Maduro na eleição presidencial de 28 de julho.

Em entrevista à Agência EFE, o ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Omar Paganini, disse que “mais uma vez o regime [de Maduro] se dedica a ignorar todos os apelos da comunidade internacional para verificar os dados das atas para que seja demonstrado com informação detalhada o que é proclamado”.

“Todos sabemos que na Venezuela estes organismos [Judiciário] não são independentes do Poder Executivo, portanto, é um organismo que depende de Maduro, que está avalizando que o próprio Maduro seja reeleito. Claramente, não se trata de forma alguma um pronunciamento credível”, afirmou Paganini.

No X, o presidente do Chile, Gabriel Boric, disse que seu país “não reconhece este falso triunfo autoproclamado de Maduro e companhia”.

“Não há dúvida de que estamos perante uma ditadura que falsifica eleições, reprime aqueles que pensam diferente e é indiferente ao maior êxodo do mundo, só comparável ao da Síria como resultado de uma guerra”, acrescentou o presidente esquerdista.

Nas últimas semanas, o TSJ vinha fazendo uma perícia nas atas de votação entregues pelo também chavista Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que havia apontado vitória de Maduro no pleito. Entretanto, segundo relatos, o TSJ não vinha permitindo que fiscais e especialistas dos partidos da oposição acompanhassem essa análise.

O bloco de oposição Plataforma Unitária Democrática (PUD) sustenta que seu candidato, Edmundo González, venceu a eleição, e disponibilizou num site cópias das atas de votação que comprovam isso.

A presidente da corte e da Sala Eleitoral do tribunal, Caryslia Beatriz Rodríguez, que já foi vereadora e prefeita de Caracas pelo Partido Socialista Unido da Venezuela (Psuv), legenda de Maduro, alegou que a perícia atendeu “aos mais elevados padrões técnicos e legais” e que foi constatado que as atas de escrutínio emitidas pelas máquinas de votação apresentaram “plena coincidência” com os registros do banco de dados da totalização de votos.



Acesse esta notícia no site do Gazeta do Povo – Link Original

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