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Presidente da CNI diz temer desidratação da reforma tributária e lobbies – @gazetadopovo



O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, disse temer o risco de “desidratação” da reforma tributária e também alertou sobre a atuação de lobbies com a eventual postergação da proposta de regulamentação entregue à Câmara dos Deputados pelo governo.

A declaração foi dada em entrevista publicada pela Folha de São Paulo, nesta segunda-feira (6).

“O perigo mora nos detalhes. Essa reforma pode ser desidratada nos detalhes. Essa reforma pode ter uma nova onda de postergação. Se vierem dois, três projetos de lei, é impossível pensar o mesmo relator. Mas o que advogamos, de uma forma lógica e coerente, é que o âmago do projeto de lei, que trata da reforma, deve ser [do relator] Aguinaldo Ribeiro”, disse o presidente da CNI.

“O problema é que nos detalhes vão voltar vários lobbies a atuar. O problema do lobby é que ele não é assumido. Nos Estados Unidos, é uma profissão”, completou Alban.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou ao Congresso o primeiro projeto de lei complementar para regulamentação da reforma tributária no dia 24 de abril. O texto tem mais de 300 páginas e 500 artigos.

O ministro entregou o texto pessoalmente ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-PL), após receber o aval do presidente Lula (PT).

O texto regulamenta as alíquotas de sistema de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual, com a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), de competência federal e que substitui os atuais PIS/Pasep e Cofins; e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), cuja responsabilidade será compartilhada entre estados e municípios e que entra no lugar do ICMS e do ISS.

O presidente da CNI disse que o texto apresentado pelo governo é muito longo e que a Indústria está muito preocupada “com o Imposto Seletivo sobre insumos, que voltaria a representar a cumulatividade”.

“De outro lado, ficamos bastante satisfeitos em saber que foi incorporado ao projeto, a partir de uma discussão que tivemos, [item] em relação ao crédito [do imposto] do spread bancário —aquele que supera a Selic para as operações financeiras—, de forma que vai ajudar bastante no processo de redução do custo financeiro do país”, completou Alban.



Acesse esta notícia no site do Gazeta do Povo – Link Original

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