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Investidor acusa Elon Musk de usar informação privilegiada em venda de ações da montadora Tesla – @gazetadopovo



Um acionista minoritário acusa o bilionário Elon Musk, dono da montadora de carros elétricos Tesla, de ter cometido crime de inside trading com a venda de papéis da companhia para a compra do Twitter, em 2022.

Segundo Michael Perry, reclamante no processo aberto na quinta-feira (30) no Tribunal da Chancelaria de Delaware, o magnata tinha informações privilegiadas da previsão de queda dos números de produção e entrega da empresa quando vendeu mais de US$ 7,5 bilhões (R$ 39,3 bilhões) em ações da montadora.

As informações não eram públicas e permitiu a transação de ações, em novembro, por um valor mais alto que o que seria mais tarde precificado pelos investidores, alega Perry. Em 3 de janeiro de 2023, após a divulgação dos números, as ações da Tesla despencaram 12%.

Musk vendeu as ações em busca de recursos para reforçar a sua oferta pela aquisição do Twitter, rebatizado de X. Com isso, segundo a denúncia, obteve vantagem sobre os outros investidores e violou “seus deveres fiduciários” para com a empresa e seus acionistas.

O investidor pede a devolução à Tesla do lucro supostamente indevido que obteve com a negociação das ações e também acusa diretores da montadora de cumplicidade. A juíza Kathaleen St. J. McCormick, encarregada do caso, é a mesma que obrigou Musk a honrar sua oferta de aquisição do Twitter. O advogado de Musk, Alex Spiro, foi procurado pela agência Bloomberg, mas não comentou o caso.

A denúncia ocorre o mesmo tempo em que Musk enfrenta um conflito com a SEC, órgão equivalente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nos Estados Unidos, que investiga seu procedimento na aquisição do Twitter. O bilionário de 52 anos vai responder a uma terceira rodada de interrogatórios para esclarecer se a divulgação de sua participação inicial na plataforma foi adequada.

Não é o primeiro embate com a SEC. Uma postagem no Twitter sobre a abertura de capital da Tesla já rendeu ao magnata uma multa e o monitoramento de suas comunicações sobre a empresa na rede social por um advogado, chamado internamente de “assistente de Twitter”.



Acesse esta notícia no site do Gazeta do Povo – Link Original

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