Dólar caíra com posse Trump e dados robustos da economia, diz Rui Costa – @gazetadopovo
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta segunda-feira (20) que o governo pretende manter o pacote fiscal e fará o que for preciso para cumprir a meta fiscal. Ele também destacou que o dólar deve cair após a posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e com os “números robustos da economia brasileira”.
“Nós vamos manter [o pacote fiscal]. Como eu tenho dito, o compromisso fiscal não é do ministro A ou do ministro B, é do presidente da República, é do governo”, disse Costa após a reunião do presidente Lula (PT) com todos os ministros.
“Não terá anúncio antecipado, não tem estudo em andamento. Mas eu quero reafirmar: tudo que precisar ser feito para cumprir o equilíbrio fiscal será feito, a qualquer tempo, a qualquer mês que se mostre necessário as medidas podem ser aperfeiçoadas”, reforçou o ministro.
Costa também afirmou que o dólar deve voltar ao patamar da “vida real”, depois de bater recordes de fechamento.
“O que a realidade vai mostrando é que o dólar vai caindo. Infelizmente ele não cai na mesma velocidade que ele subiu, mas eu acredito que com o passar dos dias da posse do novo presidente dos Estados Unidos e os números robustos da economia brasileira vão fazer o dólar voltar ao patamar, eu diria, que tenha reflexo na vida real da economia”, disse.
Sem data para a reforma ministerial
O chefe da Casa Civil afirmou que o presidente ainda não definiu as possíveis trocas nos ministérios. A expectativa inicial era que Lula anunciasse uma reforma ministerial antes da reunião desta segunda.
“O presidente não tomou qualquer decisão sobre isso. Esse assunto não foi pauta da reunião. Ele continua refletindo. Ele pode trocar ministro a qualquer momento… Diferente do futebol, o presidente pode substituir a qualquer hora quem ele queira. Não há previsão de início e nem de final de reforma ministerial”, disse o ministro.
Segundo Costa, uma das ideias é aproximar o governo da população. Com isso, Lula ampliará sua agenda e concederá mais entrevistas, além disso, os ministros estarão mais presentes nos estados.
Comunicação do governo após a crise do Pix
Rui Costa afirmou que o governo buscará “garantir centralidade” ao anunciar ações que impactam a população após a crise do Pix. O ministro destacou a necessidade de união e articulação política dentro do governo para responder “politicamente” às acusações da oposição.
“Temos que garantir a centralidade para que inclusive seja feito um plano de comunicação para todas as ações de governo, independentemente de qual seja o ministério”, disse. “Vai impactar muitas pessoas? Então, isso tem que ser discutido com a comunicação… Não podemos permitir que a mentira prevaleça à verdade”, emendou.
Questionado se o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, saiu mais fraco da crise do Pix, Costa ressaltou que “de forma nenhuma”. O chefe da Casa Civil disse que o governo fez muitas entregas na comparação com a gestão Bolsonaro, mas destacou que “é preciso fazer esse conjunto de informações chegar à população”.
“O ministro Haddad não saiu enfraquecido, porque não houve nenhuma medida concreta e verdadeira, o que mudou foi uma notícia mentirosa para tentar aterrorizar a população. O governo já deixou isso claro: em momento nenhum foi cogitado taxar o Pix”, afirmou.
O chefe da Casa Civil disse que o governo fez muitas entregas, mas destacou que “é preciso fazer esse conjunto de informações chegar à população”. Na semana passada, o ato normativo da Receita Federal que ampliava a fiscalização do Pix foi revogado. O Fisco esclareceu que não se tratava de taxação sobre o pagamento instantâneo, mas recuou após forte repercussão negativa.
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