Centenário do sambista Batatinha é celebrado neste 5 de agosto – @agenciabrasil
Considerado um dos maiores poetas do samba baiano, Oscar da Penha, conhecido como Batatinha, completaria neste 5 de agosto, se estivesse vivo, cem anos. O músico, que costumava dizer que não tinha um violão e fazia samba na mão, nasceu e viveu por 72 anos, em Salvador.
O artista compôs mais de 70 canções e deixou um legado significativo na música brasileira, sendo comparado a Nelson Cavaquinho e Cartola.
A história de Batatinha dava um samba enredo: começou a trabalhar como aprendiz de marceneiro, aos 10 anos. Foi entregador de marmita, tipógrafo e funcionário público na Imprensa Oficial da Bahia, por 40 anos. Mas foi a música que se revelou como a grande paixão de Batatinha.
Quem dá a dimensão da importância da obra do sambista no dia do seu centenário é a cantora Adriana Moreira. Pesquisadora da obra de Batatinha, com um álbum dedicado ao poeta do samba baiano, Adriana recebeu canções inéditas de um baú guardado pela família do músico.
Nas décadas de 40 e 50, os sambas de Batatinha começaram a fazer sucesso nos programas de rádio da capital baiana. Autor de canções de sucesso como Direito de Sambar e Diplomacia, as letras e melodias dele cantam, sobretudo, o carnaval, a saudade, o próprio samba.
As músicas do sambista já foram interpretadas por nomes como Jamelão, Paulinho da Viola, Maria Bethânia, Alcione e Wilson das Neves. Chamado também de conselheiro do reinado, o reino das composições de Batatinha é o coração.
Para Lucas Batatinha, filho do sambista, é uma honra celebrar o centenário do pai. Conhecido ainda como professor do sentimento, Batatinha viveu até 1997 e deixou além de nove filhos no mundo, um repertório poético de canções que são, até hoje, referência para a música brasileira.
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